Carnaval de Taquaritinga (SP) pela primeira vez na história: silêncio

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Por: Gustavo Girotto e Léo Oliverio*

38 anos de Batatão, de alegria e… silêncio sepulcral! O cartão postal dos festejos de momo, símbolo maior de nosso carnaval, pela primeira vez na história ‘não pede passagem’ O país do carnaval vê algo inédito. Desde que os festejos carnavalescos começaram por aqui — o que, segundo pesquisadores, ocorreu à época da chegada dos portugueses, no século 16 —, eles nunca deixaram de ser celebrados no período que antecede a Quaresma, em fevereiro ou no começo de março. A Pandemia muda a história. Ruas vazias. Saudade de quem se foi e lembranças de outros carnavais. O Covid-19 silencia os trios, os tamborins das escolas de samba e ofusca o brilho das fantasias. Subtrai empregos, ceifa vidas e abala a esperança… Mas como em todo desfile de carnaval, temos uma comissão de frente: a ciência… Emerge um abre-alas: a vacina!

É momento de ficar em casa, cuidar do amanhã de cada um. Como no enredo:

“O que será o amanhã?

Como vai ser o meu destino?”

Essa é uma pergunta para a qual ainda não temos uma resposta. Porém, sabemos que no passado a alegria do carnaval superou duas guerras mundiais (1914-1918 e 1939-1945). Acreditamos também que, em breve, essa nova guerra global de combate ao Coronavírus terá um fim. O momento é de pausa para que, no futuro breve, nas trincheiras da alegria – o que volte a explodir seja somente o amor. O mais importante neste momento é a vida: fique em casa, até porque, atrás da verde-e-rosa — do Batatão, da Jardineira, e de todas as agremiações carnavalescas do mundo — só não vai quem já morreu…

“Bandeira branca, amor

Não posso mais

Pela saudade que me invade

Eu peço paz”

*Gustavo Girotto e Léo Oliverio, apaixonados pelo carnaval de Taquaritinga

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